sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Desde que haja um pensamento, você não está mais no instante presente...

  Temos pensamentos repetitivos, obsessivos, às vezes de rejeição (...) O que pode dizer sobre isto?

Isto remete ao que é denominado o medo do abandono e o medo da traição. Quer dizer, a característica destes pensamentos obsessivos é que eles são induzidos por apegos ligados a feridas que foram vividas.


(...) não adianta encontrar elementos que desencadearam isso. A pessoa diz: "eu tenho pensamentos"Mas, não é você quem tem pensamentos, são os pensamentos que surgem em sua mente, no seu cérebro mais arcaico, que lhe sussurra coisas muito desagradáveis às quais você se identifica e portanto terá de enfrentar. 

Primeiramente, você não é esses pensamentos; isto foi dito, repetido, incansavelmente. Enquanto você se identificar com esse gênero de pensamentos, você não poderá acessar a liberdade e ser Livre efetivamente. Ou seja, quando você leva sua consciência, sua atenção, sobre um pensamento que chega, a primeira coisa que você faz é dizer: “são meus pensamentos”. Mas, não! São secreções que estão ligadas às feridas passadas.

Portanto, é preciso se desidentificar, já, desses pensamentos passados, porque eles não são você. Quando você têm pensamentos como esse, o que isso quer dizer? Isso quer dizer, evidentemente, que você não está suficientemente instalado no instante presente. No instante presente não há pensamentos. Desde que haja um pensamento, você não está mais no instante presente e as transformações de sua consciência, o que você vive, lhes mostram isso.


Como diz BIDI, você ainda atua na peça de teatro e isso é o que você não consegue ver. Você ainda está iludido e convencido de que é a pessoa que vive isso. Enquanto você estiver identificado com este corpo, enquanto você estiver identificado com sua pessoa e com seus pensamentos, é muito simples, você não pode encontrar a Liberdade. (...) isto quer dizer que há um trabalho de distanciamento entre o Ser e aquele que pensa ser os pensamentos.

A primeira coisa a fazer é conscientizar-se imediatamente de que você não é esses pensamentos. É preciso vê-los passar. Todos os ensinamentos sobre meditação já falaram longamente disso. Enquanto houver emoções, enquanto houver medos e desejos, enquanto houver este tipo de pensamentos, você não pode ser Livre. Você pode viver momentos maravilhosos, de pura gratidão, onde pode viver aparentemente momentos de Graça. Porém, viver momentos e experiências passageiras não é estar estabelecido, de fato, na Liberdade.

Enquanto você jogar o jogo desses pensamentos que chegam e que vocês estão persuadidos que são seus, você não tem nenhuma liberdade. Este é o trabalho da Luz, não somente do Abandono à Luz, mas quando você aceitar abandonar a Si próprio, enquanto este personagem vivendo uma história. Senão, esses pensamentos vão, literalmente, esmoecer a sua vida. 

(...)


Enquanto você acreditar que é você quem pensa, há engano. Sobretudo por este tipo de pensamentos que surgem e aparecem o tempo todo.

[O.M. Aïvanhov, adaptado]



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