Essa vida experienciada aqui agora, assim como qualquer outra vida existente neste pequeno habitat, está sujeita ao tempo. Inevitável desconsiderar este aspecto como elemento inerente à qualquer espécie. Tudo, absolutamente tudo, no nível da forma, um dia irá expirar. Talvez seja um dos principais males que a humanidade enfrenta e que poucos relevam. Talvez seja melhor assim, ou não. O certo é que não adianta fazer nada para mudar, porque tudo há de ser assim.
Aceitar tudo como é pode ser o caminho mais fácil em direção a paz. Quando passamos a compreender que as atividades realizadas e àquelas a realizar são todas fugazes no tempo, podemos perceber com maior clareza que o mundo não pode oferecer nada que seja permanente.
Da mesma forma, a entrega também pode ser considerada uma alternativa no caminho do auto-conhecimento. Quando nos "abandonamos" da identificação com tudo aquilo que nos atormenta, entregamos o que somos para que a própria vida seja, nos deixando conduzir leves e soltos. Continuamos aparentemente responsáveis pelas atividades, conhecendo pessoas, se envolvendo com novas experiências, mas isento de desejos, expectativas e medos criados pela mente e ego.
Assim, deixamos de exigir que situações aconteçam e deixamos de exigir do outro para atender nossa própria satisfação. O que, na ilusão, a satisfação só pode existir no nível do ego.
Portanto, ao fim, o melhor de tudo: "o milagre é que, quando deixamos de fazer exigências, deixamos de cobrar, tudo absolutamente, todas as situações, pessoas, lugares e eventos que passam pelas nossas vidas acabam se tornando momentos da mais pura satisfação, em harmonia com tudo e com todos".
A beleza e o encanto da espécie humana esconde-se atrás do mistério da vida, quer seja fugaz no seu sentido superficial, quer seja ilimitado para aqueles que caminham em direção a eternidade.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Resultados de um experimento científico na prática da meditação grupal
O poder do pensamento e a forma como ele atua em nossas vidas é desconsiderado por muitos, se não quase a grande maioria das pessoas. Após vários experimentos, realizados por inúmeros cientistas de renome internacional, está sendo possível comprovar cientificamente o quanto a máquina humana chamada "cérebro" é capaz de fazer.
Posto isto, tem sido comprovado a partir de um estudo sistemático de intenção grupal os efeitos que uma prática bem conduzida de meditação pode gerar, como por exemplo, na ressonância que induz a redução de dores e determinados conflitos.
Durante algumas práticas meditativas em grupo, quando específicas, a mente pode se sintonizar numa mesma frequência, sendo que essa frequência começa, portanto a se organizar de forma coerente, ordenando as frequências desordenadas à sua volta.
Uma prática abordada pelo estudo foi o Efeito Maharishi da Meditação Transcendental (MT), introduzido no Ocidente pelo Maharishi Mahesh Yogi nos anos 60. Dois tipos de meditação foram cientificamente estudados: 1) meditação não-direcionada e 2) meditação com intenção deliberada. No caso 2), o estudo exigia maior experiência e concentração, onde meditadores de estágio avançado escolhiam uma área de concentração e direcionavam a prática da meditação para resolver conflitos sociais e diminuir a taxa de violência naquela região.
Para validar o impacto desta experiência, foram realizados vários estudos, sendo que um deles foi testado em 24 cidades distintas dos Estados Unidos. O resultado obtido foi uma diminuição de 24% no número de crimes quando a cidade chegava a ter pelo menos 1% dos habitantes daquela cidade a praticar a meditação (MT) regularmente.
Em 1993, o National Demonstration Project (grupo de meditadores avançados em MT) focalizou Washington D.C. durante um surto de crime violentos. No decorrer de 05 meses, a taxa de violência foi caindo e quando o grupo de meditadores se desfez, a criminalidade voltou a subir. Vale ressaltar que o estudo demonstrou que o efeito não foi provocado por outros fatores externos, como medidas policiais ou campanhas anti-crimes.
Outras diferentes pesquisas foram realizadas no âmbito da resolução de conflitos globais e sociais, como às questões de embate entre Israel e Palestina, miséria no Canadá, taxa de crescimento econômico, devastação de áreas de florestas, e outros. Todas essas questões obtiveram resultados expressivos devido a prática da meditação grupal.
Essa gama de estudos pela comunidade científica, no fundo não irá alterar em nada nosso estado de ser. Entretanto, tais experimentos revelam claras evidências de que o pensamento pode afetar profundamente aspectos da vida. Assim, cada pensamento, cada julgamento, ainda que inconsciente, tem seu efeito.
Portanto, talvez seja um momento bastante oportuno para apreciarmos a existência humana como uma dádiva potencialmente capaz de provocar efeitos consideráveis em qualquer disciplina de nossas vidas. Vale assim, uma reconsideração por tudo aquilo que pensamos, seja verbalizado ou não. E essa relação que traçamos com o mundo será sempre mantida, mesmo quando em silêncio.
"A resolução dos conflitos internos individuais leva à resolução do conflito global".
Adaptado de O experimento da intenção
(Mctaggart, L.)
Observação: o texto tem como objetivo apenas trazer uma menção no campo da ciência no que diz respeito a prática meditativa, sendo que a intenção de qualquer prática não é capaz de provocar alterações em nossa mais Pura Consciência, enquanto seres já plenamente realizados. Em síntese, todas estas questões são travadas portanto no campo da ilusão material, onde somente o pensamento é capaz de agir e reconhecer a forma. Na "não-forma" fica a sabedoria intrínseca daquilo que somos, em essência.
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