Ceder sem se dissolver,
compreender sem se sujeitar,
cuidar sem podar,
amar sem querer possuir,
e no fim de tudo, olhar para trás e sentir:
eu ainda Sou Eu.
Descobrir: mas então isso Sou Eu,
e foi o outro quem me ensinou que eu Sou isso,
é uma tarefa quase impossível, é quase um milagre.
[Lya Luft: Secreta Mirada e Outros Poemas]
sábado, 23 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
As aparências e a realidade
segundo o Advaita, não há causas..
tudo é como é...
perguntaram para Nisargadatta Maharaj:
P: Tudo o que quero saber é se existem causas para tudo e se as causas podem ser influenciadas e, com isso, afetar os fatos?
M: Para influir nos fatos não é necessário conhecer as causas. Que modo tão indireto de fazer as coisas! Você não é a origem e o fim de cada fato? Controle-o na própria origem.
P: Cada manhã pego o jornal e leio com desânimo que as penas do mundo, a pobreza, o ódio e as guerras continuam sem cessar. Minhas perguntas se referem ao fato da dor, a causa, o remédio. Não me deixe de lado dizendo que é budismo! Não me ponha etiquetas. Sua insistência na não-causalidade elimina toda a esperança do mundo sempre em mutação.
M: Você está confundindo porque acredita que você está no mundo, não que o mundo está em você. Quem veio primeiro, você ou seus pais? Você imagina que nasceu em um certo lugar, em certo dia, que você tem um pai, uma mãe, um corpo, um nome. Este é seu pecado e sua calamidade! Com toda certeza você pode mudar o mundo se a isto se propõe. De todas as maneiras, trabalhe. Quem o detém? Nunca o desencorajei. Com causas ou sem causas, você fez este mundo e você pode mudá-lo.
P: Tudo o que quero é saber como agir em relação às aflições do mundo.
M: Você mesmo quem as criou com seus desejos e temores, agora trata de resolvê-los. Tudo ocorreu por ter esquecido seu próprio ser. Tenho dado realidade à imagem na tela, agora ama as pessoas e sofre por elas, e trata de salvá-las. Pode não ser assim. Tem que começar por você mesmo. Não há outro modo. Trabalhe, certamente, não há mal algum em trabalhar.
Sri Nisargadatta Maharaj
Talks with Nisargadatta
tudo é como é...
perguntaram para Nisargadatta Maharaj:
P: Tudo o que quero saber é se existem causas para tudo e se as causas podem ser influenciadas e, com isso, afetar os fatos?
M: Para influir nos fatos não é necessário conhecer as causas. Que modo tão indireto de fazer as coisas! Você não é a origem e o fim de cada fato? Controle-o na própria origem.
P: Cada manhã pego o jornal e leio com desânimo que as penas do mundo, a pobreza, o ódio e as guerras continuam sem cessar. Minhas perguntas se referem ao fato da dor, a causa, o remédio. Não me deixe de lado dizendo que é budismo! Não me ponha etiquetas. Sua insistência na não-causalidade elimina toda a esperança do mundo sempre em mutação.
M: Você está confundindo porque acredita que você está no mundo, não que o mundo está em você. Quem veio primeiro, você ou seus pais? Você imagina que nasceu em um certo lugar, em certo dia, que você tem um pai, uma mãe, um corpo, um nome. Este é seu pecado e sua calamidade! Com toda certeza você pode mudar o mundo se a isto se propõe. De todas as maneiras, trabalhe. Quem o detém? Nunca o desencorajei. Com causas ou sem causas, você fez este mundo e você pode mudá-lo.
P: Tudo o que quero é saber como agir em relação às aflições do mundo.
M: Você mesmo quem as criou com seus desejos e temores, agora trata de resolvê-los. Tudo ocorreu por ter esquecido seu próprio ser. Tenho dado realidade à imagem na tela, agora ama as pessoas e sofre por elas, e trata de salvá-las. Pode não ser assim. Tem que começar por você mesmo. Não há outro modo. Trabalhe, certamente, não há mal algum em trabalhar.
Sri Nisargadatta Maharaj
Talks with Nisargadatta
sábado, 2 de agosto de 2008
a yoga
ao se levantar, cresça e amplie os seus espaços.
ofereça possibilidades para o seu corpo.
assim, para sua mente cessar, observe as sensações.
sem resistência.
é por onde circulam as águas do oceano.
ofereça possibilidades para o seu corpo.
assim, para sua mente cessar, observe as sensações.
sem resistência.
é por onde circulam as águas do oceano.
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