quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O livre-arbítrio existe?

Então, quando Bhagavan Ramana Maharshi, abandonou o lar em pleno auge de sua juventude, sua mãe foi procurá-lo, buscá-lo e, quando ela o encontrou ele estava em mauna (silêncio absoluto). Na ocasião, ouvindo o pedido de sua mãe para que ele voltasse para casa, ele escreveu a seguinte resposta em um papel:


                      "O Ordenador controla o destino das almas de acordo com o seu prarabdha karma (karma a ser trabalho nesta vida, resultante de ações de vidas passadas). O que quer que esteja destinado a não acontecer não irá acontecer, por mais que você se esforce. O que quer que esteja destinado a acontecer, irá acontecer, não importando o que você faça para evitá-lo. Isso é certo. Portanto, o melhor caminho é permanecer em silêncio".


[Uma forma concisa de uma pergunta que lhe faziam com freqüência e sua resposta típica no sentido de que não apenas explicava a teoria, mas também prescrevia o que devemos fazer].


D: Existe predestinação? E se o que está destinado a acontecer irá acontecer de qualquer maneira, há alguma utilidade em orar ou nos esforçarmos, ou simplesmente deveríamos ficar inertes?


B: Só há duas maneiras de conquistar o destino ou ser independente dele. Uma é investigar quem está submetido a esse destino e descobrir que é apenas o ego que está preso a ele e não o Eu Real, e que o ego é não-existente. A outra forma é matar o ego através da entrega absoluta a Deus, compreendendo sua própria impotência e dizendo em todos os momentos: "Não eu, mas Vós, Oh meu Senhor", assim renunciando todo sentimento de "eu" e "meu", e deixando que Deus faça o que quiser com você. A entrega não é completa enquanto o devoto ainda espera algo em troca dela. A verdadeira entrega é amar a Deus pelo próprio amor, e não a fim de ganhar outra coisa, nem mesmo a salvação. Em outras palavras para conquistar o destino é preciso apagar o ego completamente, quer você faça isso por meio da auto-inquirição (atma-vichara) ou por meio do caminho da devoção (bhakti-marga).


[Na realidade, às vezes, algumas questões respondidas pareciam contraditórias. No entanto, os ensinamentos de Bhagavan expõem que a individualidade possui apenas uma existência ilusória. Enquanto a pessoa imaginar que tem uma individualidade ela também imaginará que esta possui livre arbítrio. Ambos coexistem. (...) No nível do advaita ou não-dualidade, o ego não tem livre-arbítrio, pois não há ego; mas a nível da realidade aparente o ego consiste de livre-arbítrio, ou seja, é a ilusão do livre-arbítrio que cria a ilusão da existência do ego].


Da Teoria à Prática: é isso! 
Questione-se inteiramente ou entregue-se absolutamente... diante de tudo isso, nos resta descobrir qual é o nosso único propósito... para QUEM surgem essas questões ou se entregar totalmente e ficar em paz.

Livro: Os Ensinamentos de Ramana Maharshi em Suas Próprias Palavras
Editora Advaita (Arthur Osborne)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Eu não sou o que penso ser..

Presos apegados em algum pensamento desagradável é um tremendo infortúnio. Nada disso faz sentido na criação daquilo que somos verdadeiramente. A única mudança cabível que podemos fazer, se é algo que podemos mudar, de fato, é e está naquilo que pensamos. Diferente do depois, que não está em nossas mãos e que não depende de nada de nós, é assim.

Se liga no vídeo e presta bem atenção.

Talvez não seja tão simples assim ou,
é tão simples assim e complicamos tanto sim.

Por quê?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Flash Mob: Meditação e Yoga

E quando todos menos esperavam, estávamos ali sentados em posição de meditação bem no meio do salão da Feira do Verde, Praça do Papa, Vitória-ES, em 14/11/2009.



Flash Mob's como este são possíveis graças a mobilização individual que se torna coletiva. A presença de cada um possui tamanha importância que a união dos esforços garante o resultado. Embora especificamente esta ação tenha um conteúdo mais sutil a transmitir, o conjunto e a soma de cada um amplificou literalmente a potência no local, visto que dava pra sentir no ar os olhos das pessoas e a sensação pós-participação.

Ao todo foram aproximadamente 10 minutos de ação, distribuídos em 6 atividades: aglomeração, meditação, mantra om, pranayama, saudação ao sol e dispersão. Foram mais de 50 pessoas participando, sendo que muitas delas se juntaram espontaneamente àqueles que já sabiam da ação. Foi lindo ver tudo ali acontecendo, naturalmente!

Para saber mais sobre esta ação, clique: União Zen.
E para sentir como foi a ação em fotos e em vídeo, clique: Flash Mob: União Zen.

Om.

Review

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