terça-feira, 23 de julho de 2013

Deus se revela no mundo (das formas)...

Assim se revela, como um verdadeiro centro de um círculo, UM PONTO. Um ponto, no entanto, não tem dimensão nem lugar. Assim, ele escapa não apenas à nossa percepção, mas também à nossa imaginação. O ponto contém tudo, mas só em potência e não em estado manifesto. Dele nascem o círculo e a esfera, que são suas formas de manifestação. Aquilo que no ponto ainda é potência ganha através do círculo e das esferas a sua configuração.

Nossa linguagem simbolicamente reflete o fenômeno do ponto: falamos em círculo de amigos, ponto de apoio, ponto de vista, esfera de atribuições e de influência. Nossa linguagem reflete o fato de que isolados somos pontos; juntos damos origem à beleza das formas, dos círculos, das esferas. Um verdadeiro líder é um ponto a partir do qual sua equipe se organiza em figuras de harmoniosa eficácia.

Pontos alcançam sua melhor expressão em rede, no coletivo. Afinados com os novos tempos. 

O ponto e o cículo - Deus e o mundo, o Uno e o múltiplo, o irrevelável e o revelável, o conteúdo e a forma... metaforicamente, poderíamos pensar também na relação entre a semente e a planta adulta e reconheceríamos q no pequeno, na parte, já está contido o todo, uma vez q nós, seres humanos, necessitamos sempre da dimensionalidade para reconhecermos algo. Dessa forma, o homem necessita do mundos das formas visíveis para ser capaz de reconhecer nele o invisível. Precisamos assim de um corpo para ter experiências de conscientização. O mundo visível é o veículo q nos coloca em contato com o transcendental. Deus se revela no mundo

Ou nos perdemos no mundo das formas (materialismo) ou tentamos fugir do mundo das formas, com a ilusão de que “fora do mundo” pode-se encontrar a espiritualidade. Mas não podemos escapar do mundo, pois ele existe somente em nossa consciência. Devemos, portanto “utilizar” o mundo na nossa caminhada para o centro, para a redenção da unidade, do ponto. Utilizar o mundo significa viver nele, defrontar-se conscientemente com ele, trabalhar nele, brincar nele, dançar com ele, servindo-se dele como um recurso para encontrar o ponto que unifica a multiplicidade.

A lei do mundo é o movimento, a lei do centro é a quietude. Viver no mundo é movimento, atividade, dança. Nossa vida é um dançar constante ao redor do centro, um incessante circundar o Uno invisível ao qual nós, tal como o círculo, devemos nossa existência. 

[Thorwald Dethlefsen, adaptado 1984]



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