sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A verdadeira felicidade só é possível quando a mente está estável

 Estados de felicidade plena podem ser alcançados, desde que não haja identificação e/ou envolvimento da mente nesses estados. 

Durante satsangs realizados na India, Nisargadatta Maharaj (M) responde dúvidas, conforme elas surgem apontadas por um Questionador (Q) curioso e interessado.

Q: Quando criança, eu freqüentemente experimentava estados de completa felicidade, chegando ao êxtase. Mais tarde, eles cessaram. Mas desde que vim para a Índia eles reapareceram, principalmente depois que o encontrei. Ainda assim, esses estados, embora maravilhosos, não são duradouros. Eles vão e vêm sem que eu saiba quando voltarão. 

M: Como alguma coisa pode permanecer estável em uma mente, quando ela mesma não é estável? 

Q: Então como posso tornar minha mente estável? 

M: Como pode uma mente instável tornar-se a si mesma estável? É claro que não pode. É da natureza da mente ficar vagando. Tudo que se pode fazer é deslocar o foco da consciência para além da mente. 

Q: Como se faz isso? 

M: Recuse todos os pensamentos, exceto um: o pensamento "Eu Sou". A mente se rebelará no início, mas com paciência e perseverança, ela irá render-se e ficar quieta. Uma vez a mente quieta, as coisas começarão a acontecer espontânea e naturalmente, sem nenhuma interferência da sua parte

Q: Posso evitar esta batalha com minha mente? 

M: Sim, você pode. Apenas viva sua vida da maneira como ela se apresenta, mas fique alerta, vigilante, permitindo que cada coisa aconteça da maneira que acontecer, fazendo as coisas naturais de um jeito natural, sofrendo, regozijando-se, da forma como as coisas vierem. Esta também é uma maneira. 

Q: Bem, então eu posso também me casar, ter filhos, tocar um negócio... ser feliz.

M: Certamente. Você pode ser feliz ou não, a escolha é sua

Q: Bem, eu quero a felicidade. 

M: A verdadeira felicidade não pode ser encontrada em coisas que mudam e se vão. Prazer e dor se alternam inexoravelmente. A felicidade vem do self e pode ser encontrada somente nele. Encontre o seu Ser real (swarupa) e tudo mais virá com ele. 

Q: Se o meu verdadeiro self é paz e amor, por que ele é tão inquieto, tão agitado? 

M: Não é seu ser real que é agitado, mas seu reflexo na mente é que parece agitado, pois a mente é agitada. É como o reflexo da lua na água movimentada pelo vento. O vento do desejo agita a mente e o "eu", que nada mais é do que o reflexo do Self na mente, parece mutável. Mas essas ideias de movimento, inquietação, prazer e dor estão todas relacionadas na mente. O Self está além da mente, consciente, e sem qualquer envolvimento. 

Q: Como alcançá-lo? 

M: Você é o Self, aqui e agora. Deixe a mente em paz, fique consciente, não se envolva, não se identifique com as situações da vida e você irá perceber que permanecer alerta mas desprendido, assistindo os acontecimentos indo e vindo, é um aspecto da sua natureza real (adaptado).

(Sri Nisargadatta Maharaj - I Am That)

sábado, 8 de janeiro de 2011

É seu desejo de apegar-se a algo que cria o problema

  Então, questionaram Nisargadatta Maharaj:

P: Qual é o seu estado no momento presente?
NM: Um estado de não-experimentação. E nesse estado, toda experiência está incluída.

P: Você pode entrar na mente e no coração de outro ser e compartilhar sua experiência?
NM: Não. Tais coisas requerem treinamento especial. Sou como um comerciante de trigo. Sei pouco sobre pães e bolos. Posso mesmo não conhecer o gosto de uma papa de trigo. Mas sobre o grão de trigo sei tudo e o sei bem. Eu conheço a fonte de toda experiência. Mas as inumeráveis formas particulares que a experiência pode tomar eu não conheço. Nem tenho necessidade de conhecer. De momento a momento, o pouco que necessito saber para viver minha vida, de algum modo, acontece que o sei.

P: Sua particular existência e minha existência particular, existem ambas na mente de Brahma?
NM: O universal não é consciente do particular. A existência como uma pessoa é um assunto pessoal. Uma pessoa existe no tempo e no espaço, tem nome e forma, início e fim. O universal inclui todas as pessoas e o absoluto é a raiz de tudo e está além de tudo.

P: Não estou interessado na totalidade. Minha consciência pessoal e sua consciência pessoal, qual o elo entre as duas?
NM: Qual pode ser o elo entre dois sonhadores?

P: Podem sonhar um com o outro.
NM: Isto é o que as pessoas estão fazendo. Todos imaginam os "outros" e buscam ligação com eles. O buscador é o elo, não há nenhum outro.

P: Seguramente deve haver algo em comum entre os muitos pontos de consciência que nós somos.
NM: Onde estão os muitos pontos? Em sua própria mente. Você insiste que o mundo é independente de sua mente. Como pode sê-lo? Seu desejo de conhecer a mente de outras pessoas deve-se ao desconhecimento de sua própria mente. Em primeiro lugar conheça sua própria mente e descobrirá que a questão de outras mentes não surgirá de forma alguma porque não existem outras pessoas. Você é o fator comum, a única ligação entre as mentes. Ser é consciência; "eu-sou" aplica-se a todos.

(...)

P: Se meu mundo é meramente um sonho e você é uma parte dele, o que você pode fazer por mim? Se o sonho não é real, se não tem ser nenhum, como pode a realidade afetá-lo?
NM: Enquanto dura, o sonho tem um ser temporário. É seu desejo de apegar-se a ele que cria o problema. Deixe-o ir. Pare de imaginar que o sonho é seu.

(...)

P: Há sentimentos no sonho que parecem reais e duradouros. Desaparecem no despertar?
NM: No sonho, você ama uns e não ama outros. Ao acordar o, você descobre que é o próprio amor que a tudo abraça. (...) amar em liberdade é amar a tudo e a todos.

P: As pessoas vêm e vão. Ama-se quem se encontra, não se pode amar a todos.
NM: Quando você é o próprio amor, você está além do tempo e dos números. Amando um você ama a todos, ama cada um. Um e todos não são incompatíveis.

("Eu Sou Aquilo" - 'Conversações com Sri Nisargadatta Maharaj' )

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sem nenhuma expectativa, nem mesmo um agradecimento

O amor só pode acontecer quando não há expectativas, desejos e nem mesmo intenções, pois é imprevisível, só pode acontecer no presente, no agora. Ele não faz planos de ação a seguir é sempre livre e completo. Não pode haver definição para o que acontece no amor, pois qualquer definição que seja, chega-se ao fim do amor... e o amor é infinito.

O amor é algo eterno. É a experiência dos budas. Somente poucas pessoas podem verdadeiramente despertar para o real significado do amor, porque foge da concepção humana. O amor encontra-se nos estados mais elevados da consciência humana, onde tudo pode acontecer e as explicações perdem sentido.

Osho afirma que se você quer realmente sentir e conhecer o amor, é necessário esquecer tudo que você sabe, viu, leu ou pensa sobre o amor. O melhor que se tem a fazer, para tentar se aproximar ao máximo de alguma definição do amor, se é que existe, é meditar.

Não deve haver qualquer tipo de preocupação, pois a antecipação é inexistente no tempo do amor. Também não existe mesmo a carência, a falta de amor, pois o amor não falta, é repleto, sempre inteiro e perfeito. Se você sente solidão no amor, você está perdido no tempo, pois o amor não é do tempo e muito menos pertence. É sempre livre, feliz e eterno.

O amor (nos relacionamentos) é a maior experiência espiritual que um ser pode ter. Nada a ver com sexo ou desejo, nada a ver com corpos materiais. Sim, um pouco sim, mas tem a ver mais com o seu ser mais íntimo e profundo. Portanto, seja sempre você mesmo(a), conheça cada vez mais a si mesmo(a) e o amor virá como recompensa. 

O amor é uma recompensa que vem do além e preenche todo o seu ser. A partir daí, segue continuamente a despejar sobre você e isso traz um imenso anseio em compartilhar. 

Seja também mais e mais consciente, pois o amor é um estado de alerta de pura consciência. O amor é supremo, sempre completo. Nada existe além dele, é um florescimento permanente, contínuo. Quando sentir a presença do amor, quando o amor estiver presente, é certo que você (ego) esteja ausente.

No amor, não há o que atingir, pois não há resultado final. Também, na experiência do amor, só pode ser possível a entrega sem nenhuma condição, sem nenhuma expectativa, nem mesmo um simples agradecimento.

E então, enquanto há doação do amor, tenha certeza de que receberá o amor de fontes desconhecidas, de recantos desconhecidos, de pessoas desconhecidas, do mar, das árvores, dos rios.. de todos os ângulos da existência o amor começará a banhá-lo(a). E quanto mais você dá, mais você obtém. Pois é na entrega que tudo acontece.

domingo, 24 de outubro de 2010

Não há nada para realizar

  Isso. Não há nada para realizar. Tudo já está realizado, inclusive você mesmo. Descobrir a natureza do próprio ser só pode acontecer quando há retorno para dentro de si, com toda força. A atenção total deve ser desviada para si mesmo, longe de todas as externalidades produzidas pela mente.

John Sherman retrata de forma simples e direta o conhecimento mais elevado na forma de ensinamento de Ramana Maharshi:

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Há apenas você mesmo. A sensação cotidiana e mundana de "mim mesmo" pode desaparecer e transformar-se. Isso que é permanente, ao contrário de tudo mais. Isso que jamais se moveu, nunca mudou nem um milésimo, em toda a sua vida. Como pode ser difícil descobrir o que é permanente?

Tudo, toda experiência pode ser previamente eliminada. A experiência do corpo, do pensamento, da emoção, as experiências de enlevo, de pesar, de raiva, em suma, tudo que é impermanente. A experiência da consciência oceânica, de bem-aventurança, de consciência divina, de paz, nada disso pode ser o que você está procurando. 

O que você busca é o que é permanente, o que nunca mudou, o nunca se moveu, o que é absolutamente inevitável. Acordado, adormecido, você está presente. Sempre o mesmo.

Esta investigação consiste em usar toda a energia de sua vida para descobrir a verdade do seu ser, em vez de desperdiçá-la em todos os outros objetos nos os quais desperdiçamos nossa atenção. (...). Ramana Maharshi diz que a própria investigação é a auto-realização. É a consciência atenta, alerta e ciente de si mesma como ser eterno.


Não se pode alcançar a realização, porque você já É realização. Ninguém pode lhe dar a realização, nem tirá-la de você. Para você cumprir o objetivo de sua vida, é necessário apenas manter a sua atenção incessantemente voltada para dentro, para "eu". Voltada para esse sentido de "mim mesmo" que esteve e estará com você durante a sua vida inteira. Esta sensação de "mim mesmo", que é inevitável e inatingível, e que é exatamente a mesma para todos. Não muda para ninguém, todos a possuem.

Há duas maneiras de se abordar isto e elas são idênticas. Uma maneira é render-se absolutamente, que significa neste instante, agora mesmo, neste momento, parar de pensar. Abandonar todo sentido de si mesmo como um indivíduo. Mas quem é que consegue fazer isso? 

A outra maneira é descobrir quem você é. Busque incessantemente somente a si mesmo. Nada mais, apenas a si mesmo. Se parar de pensar, se abandonar todo sentido de si mesmo como um indivíduo, você descobrirá a si mesmo, tal como você é. Concentre toda a sua energia, todo o seu talento e intelecto no objetivo de descobrir, direta e imediatamente, a verdade de sua natureza, para desaparecer como indivíduo. Na verdade, você não desaparece, porque "você" nunca existiu, você sempre foi e sempre será. É isso que torna tudo tão fácil.

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Portanto, a única e verdadeira realidade é a sua própria existência ou você mesmo enquanto Consciência.

Om.

sábado, 23 de outubro de 2010

Divinamente tudo acontece

  Como surge o sofrimento e/ou a tristeza? 

Só podem aparecer no nível mental, ou seja, a partir do momento em que cada pensamento surge e se torna "verdadeiro". Uma situação passada triste não deveria nos fazer infeliz, devido sua inexistência no presente. No entanto, a infelicidade aparece quando algum pensamento desagradável surge a respeito de uma situação retrospectiva. 

Portanto, É a perda do momento presente que nos torna infeliz, em função de um retorno inconsciente pela ideia de um passado inexistente. Ou seja, é o retorno pela memória condicionada. A mente costuma dar voltas em torno daquilo que foge do presente. É de sua natureza. E também faz parte da consciência do ser o próprio estado mental, agitado ou silencioso, assim como faz parte também do ser habitar inúmeros corpos para experienciar infinitas possibilidades.

Enxergar o mundo sob a perspectiva de outros mundos (outras pessoas), tudo se iguala, sejam nos sentimentos, sejam nas emoções, pré-conceitos e julgamentos. O outro está ali e mesmo diferente no nível da forma e da superfície, seu coração pulsa igualmente.

Quando deixamos, abandonamos a ideia e a memoria ao passado, seja agradável ou desagradável, deixamos de conduzir e passamos a ser conduzidos pela Graça inabalável que habita o corpo, pois mesmo sem saber, divinamente tudo acontece e É como é.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Permaneça como uma testemunha no palco da vida

 Enquanto houver identificação, haverá sofrimento, assim como poderá haver prazer. Buscamos incessantemente por este último, mas negamos e queremos evitar à qualquer custo aquele. A dualidade na vida é inevitável, enquanto estamos presos nos seus limites. 

Nos basta compreender e aceitar tudo, a partir da mudança de nossas próprias atitutes diante desses extremos, que se tocam numa "linha fina".


Não há muito o que fazer, exceto manter-se "distante" no mais Puro estado de auto-observação, testemunhando, além de ter a clareza e o discernimento de que tudo está na mais perfeita ordem. Assim, Nisargadatta Maharaj descreve:


"Você não pode fazer nada.  O que o tempo traz, o tempo levará embora. Este é o fim da Yoga, realizar total independência. Tudo o que acontece, acontece na, e para a mente, não para a fonte do “Eu sou”. 

Uma vez que você realize que tudo acontece por si mesmo (chame a isso 'destino' ou 'Vontade de Deus', ou mero acidente), você permanece como testemunha somente, compreendendo e apreciando, mas nunca perturbado. Você é responsável somente pelo que você pode mudar. Tudo que você pode mudar é sua atitude. Aí mora a sua responsabilidade".

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Esse tempo só existe no nível da forma

  Essa vida experienciada aqui agora, assim como qualquer outra vida existente neste pequeno habitat, está sujeita ao tempo. Inevitável desconsiderar este aspecto como elemento inerente à qualquer espécie. Tudo, absolutamente tudo, no nível da forma, um dia irá expirar. Talvez seja um dos principais males que a humanidade enfrenta e que poucos relevam. Talvez seja melhor assim, ou não. O certo é que não adianta fazer nada para mudar, porque tudo há de ser assim. 


Aceitar tudo como é pode ser o caminho mais fácil em direção a paz. Quando passamos a compreender que as atividades realizadas e àquelas a realizar são todas fugazes no tempo, podemos perceber com maior clareza que o mundo não pode oferecer nada que seja permanente.

Da mesma forma, a entrega também pode ser considerada uma alternativa no caminho do auto-conhecimento. Quando nos "abandonamos" da identificação com tudo aquilo que nos atormenta, entregamos o que somos para que a própria vida seja, nos deixando conduzir leves e soltos. Continuamos aparentemente responsáveis pelas atividades, conhecendo pessoas, se envolvendo com novas experiências, mas isento de desejos, expectativas e medos criados pela mente e ego.

Assim, deixamos de exigir que situações aconteçam e deixamos de exigir do outro para atender nossa própria satisfação. O que, na ilusão, a satisfação só pode existir no nível do ego.


Portanto, ao fim, o melhor de tudo: "o milagre é que, quando deixamos de fazer exigências, deixamos de cobrar, tudo absolutamente, todas as situações, pessoas, lugares e eventos que passam pelas nossas vidas acabam se tornando momentos da mais pura satisfação, em harmonia com tudo e com todos".


A beleza e o encanto da espécie humana esconde-se atrás do mistério da vida, quer seja fugaz no seu sentido superficial, quer seja ilimitado para aqueles que caminham em direção a eternidade.

sábado, 7 de agosto de 2010

Resultados de um experimento científico na prática da meditação grupal

 O poder do pensamento e a forma como ele atua em nossas vidas é desconsiderado por muitos, se não quase a grande maioria das pessoas. Após vários experimentos, realizados por inúmeros cientistas de renome internacional, está sendo possível comprovar cientificamente o quanto a máquina humana chamada "cérebro" é capaz de fazer.

Um dos estudos que têm chamado a atenção da comunidade científica refere-se ao que se intitula de "consciência grupal", ou seja, membros de um determinado grupo podem provocar efeitos impactantes em qualquer situação quando este grupo age totalmente concentrado em um mesmo tipo de pensamento.

Posto isto, tem sido comprovado a partir de um estudo sistemático de intenção grupal os efeitos que uma prática bem conduzida de meditação pode gerar, como por exemplo, na ressonância que induz a redução de dores e determinados conflitos. 


Durante algumas práticas meditativas em grupo, quando específicas, a mente pode se sintonizar numa mesma frequência, sendo que essa frequência começa, portanto a se organizar de forma coerente, ordenando as frequências desordenadas à sua volta.

Uma prática abordada pelo estudo foi o Efeito Maharishi da Meditação Transcendental (MT), introduzido no Ocidente pelo Maharishi Mahesh Yogi nos anos 60. Dois tipos de meditação foram cientificamente estudados: 1) meditação não-direcionada e 2) meditação com intenção deliberada. No caso 2), o estudo exigia maior experiência e concentração, onde meditadores de estágio avançado escolhiam uma área de concentração e direcionavam a prática da meditação para resolver conflitos sociais e diminuir a taxa de violência naquela região.


Para validar o impacto desta experiência, foram realizados vários estudos, sendo que um deles foi testado em 24 cidades distintas dos Estados Unidos. O resultado obtido foi uma diminuição de 24% no número de crimes quando a cidade chegava a ter pelo menos 1% dos habitantes daquela cidade a praticar a meditação (MT) regularmente.


Em 1993, o National Demonstration Project (grupo de meditadores avançados em MT) focalizou Washington D.C. durante um surto de crime violentos. No decorrer de 05 meses, a taxa de violência foi caindo e quando o grupo de meditadores se desfez, a criminalidade voltou a subir. Vale ressaltar que o estudo demonstrou que o efeito não foi provocado por outros fatores externos, como medidas policiais ou campanhas anti-crimes.


Outras diferentes pesquisas foram realizadas no âmbito da resolução de conflitos globais e sociais, como às questões de embate entre Israel e Palestina, miséria no Canadá, taxa de crescimento econômico, devastação de áreas de florestas, e outros. Todas essas questões obtiveram resultados expressivos devido a prática da meditação grupal.

Essa gama de estudos pela comunidade científica, no fundo não irá alterar em nada nosso estado de ser. Entretanto, tais experimentos revelam claras evidências de que o pensamento pode afetar profundamente aspectos da vida. Assim, cada pensamento, cada julgamento, ainda que inconsciente, tem seu efeito

Portanto, talvez seja um momento bastante oportuno para apreciarmos a existência humana como uma dádiva potencialmente capaz de provocar efeitos consideráveis em qualquer disciplina de nossas vidas. Vale assim, uma reconsideração por tudo aquilo que pensamos, seja verbalizado ou não. E essa relação que traçamos com o mundo será sempre mantida, mesmo quando em silêncio.


"A resolução dos conflitos internos individuais leva à resolução do conflito global".

Adaptado de O experimento da intenção
(Mctaggart, L.)

Observação: o texto tem como objetivo apenas trazer uma menção no campo da ciência no que diz respeito a prática meditativa, sendo que a intenção de qualquer prática não é capaz de provocar alterações em nossa mais Pura Consciência, enquanto seres já plenamente realizados. Em síntese, todas estas questões são travadas portanto no campo da ilusão material, onde somente o pensamento é capaz de agir e reconhecer a forma. Na "não-forma" fica a sabedoria intrínseca daquilo que somos, em essência.

Review

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